sábado, 20 de agosto de 2016

SANGUE DOCE


Aroma desprezado das fadas
Fede ao cheiro que profanou
Mais uma forma de vício novo
Sabor escondido na memória.

Fui bardo na peleja que podia
Pagamento na janela do reino
Canções pra variar as ideias
Meu violão de tempos arcaicos.

Escravo de minhas preferências
Formigas respiram meu sangue
Salivam aquele desejo surrupiado
Lembrança doce do estágio atual.
 

CICERO[N.C.S]

20/08/2016

DESPERTAR DOR



Despertador

Desperta a dor
A dor me desperta
Desperta pra sentir a dor ?
Mas que dor ?
A dor do despertar.

Porque desperta a dor
que se inicia e tem que acabar 
até a nova sonolência chegar.

Sono que fecha a dor
até o novo despertar
Liga o despertador 
pra mais uma dor começar.


CICERO[N.C.S]

18/06/2001

TRADUÇÕES à DERIVA


Linha alternativa do tempo

Somente retalhos arrancados
Alcancei nas pedras jogadas
Distancia do horizonte inicial. 

Me imponho as elevações vitais
O retorno oscilante das trevas
Crucificam a memória dos santos
Na perdição dos formatos do mundo.

O que resume na voz insensa
É valor merecido e ignorado
Criam-se páginas de esperança
Com muitas traduções à deriva ! ! !



CICERO[N.C.S]
04/09/2011

Jack White


Limitações são a 
fonte da criatividade.

(Jack White)

Leonard Nimoy


A lógica é o início da 

sabedoria, não o fim.


(Leonard Nimoy)

ESPERANDO AVIÕES


Meus olhos te viram triste

Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito.

Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões.

Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões.

Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações.


(Vander Lee)

STAR TREK 2: Além da Escuridão


STAR TREK: Além da Escuridão, sequência do filme de 2009, Star Trek, não exige que você tenha assistido ao filme anterior, nem que seja um conhecedor das versões anteriores do mundo de Gene Roddenberry (criador de Star Trek). O filme funciona sozinho, evitando frustrações de quem não conhecia a saga. Além disso, é um ótimo meio e angariar novos fãs. Ora, o camarada cria um filme gigantesco, caríssimo, e não pode, e nem deve, satisfazer só aos fãs. Ele precisa gerar novos fanáticos que, à partir deste novo longa, irão se interessar pela franquia e explorar o que veio antes.


Existe um inegável peso nos ombros de JJ Abrams para a continuação de um filme corajoso, que conseguiu agradar fãs fervorosos da série Star Trek original, e ganhar gente que nunca foi muito fã das histórias de Kirk e companhia (eu incluso). A franquia renovada agora pode explorar tanto histórias novas, como homenagear o universo original. E é o que acontece aqui. Cheio de referências que vão agradar quem assistiu os episódios da TV e os filmes da tripulação clássica, Além da Escuridão tem personagens carismáticos, atuações fantásticas e efeitos técnicos de tirar o fôlego; não esquecendo o lado humano.

Alias, o melhor da adaptação de J.J. Adams está em dois detalhes essenciais. O primeiro é o fato de que o novo filme complementa com louvor o primeiro, lançado em 2009 e que eu indico que você reveja antes de ver está sequência e o segundo é que funciona muito bem para leigos na vida Trekiana: Não é necessário conhecer detalhes da história de Star Trek ou ter acompanhado todos os filmes e séries anteriores para entender o enredo ou se apaixonar pelos personagens. Eles tem vida própria além da história clássica e conseguiu também deixar irritado os fãs mais xiitas.

Depois dos eventos do filme anterior, o capitão Kirk (Pine) continua no comando da NCC-1701 junto do Sr Spock (Quinto), Dr “Magro” McCoy (Urban), Sulu (Cho), Uhura (Saldaña), Scotty (Pegg) e Checkov (Yelchin). Ao salvar um planeta classe M da destruição total, arriscando a vida de seu primeiro oficial e expondo a Enterprise à uma civilização que mal saiu da idade da pedra, Kirk é removido do posto de capitão pela Federação, e o comando da nave é devolvido ao Almirante Pike (Greenwood). Mas numa série de eventos iniciados por John Harrison (Cumberbatch), um antigo membro que se voltou contra os seus comandantes, que causa a morte de vários oficiais do alto comando, Kirk é autorizado pelo Almirante Marcus (Weller) a caçar o traidor, usando uma nova tecnologia de torpedos fotônicos. Mas, como de costume, nem tudo é o que aparenta.

O Filme combina perfeitamente boas sequências de ação com os dramas pessoais cativantes, com desenvolvimento do grupo central. Kirk, Spock e McCoy, bem como dos demais personagens Uhura, Scotty, Sulu e Checov. Durante o filme os fãs da série irão se deliciar com as citações e situações que remetem aos episódios originais da série, e se tiver um olhar afiado, encontrará vários "ovos de páscoa" nos cenários e nas cenas de aventura.

Porém o grande destaque deste filme, no que diz respeito à atuação, é Benedict Cumberbatch. Ele é o vilão John Harrison, um ser superpoderoso. Isto por si só já poderia levá-lo a exagerar na tinta e pintar um personagem inconsistente. Mas Cunberbatch, bem dirigido como foi e esbanjando talento, interpretou aquele que se tornou o vilão mais legal do universo trekker.

Existem problemas? Sim. A trilha sonora é usada de forma exagerada e falta tempo para os espectadores respirarem entre as cenas de ação. Sem falar do momento patético no qual Alice Eve aparece seminua. Não há justificativa para isso, além do apelo ao público que não vê problema em mulheres serem tratadas como objeto e também o outro antagonista do filme, o almirante Marcus (Peter Weller, o eterno Robocop), seja uma caricatura demasiadamente clichê do tradicional militar belicista. Felizmente passamos pouco tempo com ele e sua presença acaba não prejudicando o resultado final.

O filme ainda aproveita a noção de uma realidade paralela tentando se reajustar ao trazer claras menções a eventos ocorridos na série clássica, mas aqui realizados por personagens diferentes justamente por conta desse conhecimento futuro. Inclusive há tempo para que Leonard Nimoy retorne como o Spock primordial em uma pequena ponta. Claro, apenas trekkers veteranos irão perceber as referências, mas ainda assim o filme não deixa de surtir efeito, mesmo quando temos alguma ideia do que pode ocorrer.


NOTA: 8

PRÓS: Interação entre os personagens

CONTRAS: Ação muito acelerada



CICERO[N.C.S]
20/08/2016

1984 (George Orwell)


Num mundo caótico, onde ninguém tem privacidade e onde há uma tecnologia de vigilância em todos os lugares. Este dispositivo registra instantaneamente tudo que acontece com cada pessoa, suas falas, suas atitudes, suas vontades e, dessa forma, todos vivem à mercê de um regime autoritário e controlado.

A obra de George Orwell lançada em 1948 é considerada uma das mais importantes do século XX e levanta questionamentos políticos e sociais que até hoje, condizem com a nossa realidade. O livro desde a primeira á última página é uma crítica constante à sociedade e não daquela época, mas esse livro é atemporal. A impressão do leitor é que está falando para si e o mundo que está vivendo, seja em qual parte do mundo for. Aqui no Brasil com nossa polítca corrupta também dá pra fazer uma análise, e encontrar muitos exemplos descritos no livro.

Neste mundo toda sociedade é controlada pelo “partido” e liderada pelo GRANDE IRMÃO, um ser onipresente que foi criado para que a população aceitasse com maior facilidade todas as regras do sistema. Sua figura, estampada em diversos cartazes pela cidade, é representada por um homem de grandes bigodes, tem características de um ditador como Stalin, que parece também com Hitler e sua adoração, com um olhar profundo capaz de segui-lo para onde quer que você vá. 


O protagonista da trama é Winston Smith um funcionário do departamento de documentação do ministério da verdade, cuja função é adulterar os fatos do passado moldando-o para condizer com os interesses políticos do atual momento. Para compreender a profundidade de seu drama primeiro faz-se necessário entender as características da sociedade criada por Orwell.

O livro nos faz pensar numa analogia nos tempos atuais. E se tudo isso acontecer de verdade? E se dados são falsificados para justificar uma verdade que, na verdade, é uma mentira? Claro que não vivemos em uma situação assim (ao menos não que eu saiba), mas nos deixa com uma interessante pulga-atrás-da-orelha. A obra tem uma leitura fácil e dinâmica, e você vai perder horas descobrindo sobre esse mundo de manipulação e distopia; e talvez até um pouco perturbado.

Uma das poucas partes que a leitura se torna pesada é quando o protagonista lê certo livro que analisa o cenário do governo da Oceania. A Terra agora é divida em três grandes-continentes: a Oceania, a Eurásia e a Lestásia. Mas, voltando a parte em que a leitura fica pesada, a narrativa descreve o livro que Winston lê, porém ele traz filosofias de como tudo ali funciona, o que também é bastante interessante. Assim como outros livros, como Jogos Vorazes ou Ensaio Sobre a Cegueira, ele causa aquele incômodo por se tratar de um ambiente completamente diferente do nosso.

Uma observação inútil: O programa LIXO Big Brother desenvolvido pelo holandês John de Mol, que é uma casa cheia de câmeras pra todos os lados com pessoas sendo vigiadas, tem esse nome por causa desse livro! É uma referência ao personagem do Grande Irmão de 1984. 


Existe também um filme feito em 1984 (Olha só a data) que pode ser visto no YouTube de forma gratuita. Neste filme temos John Hurt que também fez o filme V de VINGANÇA. (Coincidência demais, não?) V de VINGANÇA de Alan Moore foi totalmente influênciado por este livro aqui. História em quadrinhos que depois foi adaptada ao cinema. Figuras autoritarias, regime totalitário e falta de esperança e descrença no futuro é bem observado aqui. 

1984 é intenso e cruel. Há torturas angustiantes. Senti calafrios por toda a leitura. Devemos avisar que os leitores precisam preparar seus corações e seus estômagos, claro, pois as cenas são fortes. 
Esta é uma leitura forte e um clássico que deveria ser lido por todos nós pois acrescenta e muito, não é apenas uma leitura "divertida" ela nos faz desenvolver questionamentos sobre o que vivemos atualmente.

O Grande Irmão zela por ti, O Grande Irmão é o líder. O correto. O maravilhoso. Ele é praticamente Deus. E ai se você dizer o contrário. É ele quem toma as decisões e ele está sempre correto.
Frase marcante desse livro:


" Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro. Se isso for admitido, tudo o mais é decorrência."

(George Orwell)



NOTA: 9




CICERO[N.C.S]

20/08/2016

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

DIAS a MAIS


Sequências na colisão dos fatos

Dias a mais, mas serão precisos
Raciocínio nas colisões ocasionais
Numa trégua de tempos acertivos.

Fundamentos de um céu aberto
Queda dos sonhos na previsão
Felicidade sempre foi atemporal
Diga tudo pra não ser em vão.

Instantes de uma vida construída
Quem tem dúvidas não pode julgar
Sua possível chance do cotidiano
Aterrisa no momento que vai riscar.


CICERO[N.C.S]
14/02/2006

HORAS ANCESTRAIS


Horas ancestrais

Tempo de dissipação
Máculas promocionais.

Tem hora regular
Pedaço de uma sola
Acervos vão restaurar.

São horas minhas
Sossego pra pensar
Disfarce as regrinhas.

Passou da minha hora
Preciso cair na real
Meu dia ainda vigora.


CICERO[N.C.S]

18/02/2003 

NOTÍCIAS de ONTEM


Tem gente tentando refazer
O que não tem como desfazer
Você não sabe o que dizer
Repete tudo pra me convencer.

Toda vez que eu ligo a TV
Vejo gente dizendo que não crê
Mas quando a cidade anoitecer
Ninguém mais vai esquecer.

Notícias de ontem
Dias de amanhã
Cidade que não para
Sem ninguém nesta manhã.


CICERO[N.C.S]

07/12/1991

Clarice Lispector


O óbvio é a verdade mais 
difícil de se enxergar.


(Clarice Lispector)

William Blake


Uma verdade dita com má intenção bate 
todas as mentiras que se possa inventar.

(William Blake)


MADRUGADA


Do fundo de meu quarto, do fundo

de meu corpo
clandestino
ouço (não vejo) ouço
crescer no osso e no músculo da noite
a noite

a noite ocidental obscenamente acesa
sobre meu país dividido em classes


(Ferreira Gullar)

MOTOQUEIRO FANTASMA (2007)


MOTOQUEIRO FANTASMA é bobinho e simplório em seu conteúdo, o filme consegue entreter, mas fica muito juvenil em sua concepção. O orçamento de US$ 120 milhões parece ter sido torrado em computações gráficas para efeitos especiais bem fraquinhos e os cachês de Nicolas Cage (Johnny Blaze) e Peter Fonda (Mefisto) é claro. A apresentação é apresada demais, a inclusão do cômico só atrapalha e efeitos especiais de qualidade duvidosa tentam afirmar que espetáculo gráfico já basta, satisfação que já se tornou insuficiente há tempos.

o filme tem um roteiro absolutamente constrangedor, que não consegue balancear cenas de ação com os conflitos que o personagem principal (Johnny Blaze) enfrenta. As cenas em que ele enfrenta problemas com os seus recém-adquiridos poderes (algo comum nos quadrinhos da Marvel) são simplesmente sem graça, principalmente as que envolvem juntamente o velho amor da adolescência do personagem.

O vilão, o filho de Mefisto, um demônio é muito fraco, e suas ações resumem-se a andar de um lado para o outro da cidade atrás de um velho contrato. Quando ele entra para a briga para valer, a cena é totalmente dependente de efeitos especiais que ficaram pobres, e de um ritmo que ficou irregular.  Há tentativa intensa de se criar humor com os novos poderes do herói e, se por um lado as piadas são inspiradas, por outro são extremamente previsíveis e artificiais.


É inegável que o apelo desse personagem é 80% visual, praticamente uma capa de disco de Heavy Metal em movimento. E o que quer que ele tivesse de substância nas HQs não foi trazido para o filme, apresenta uma história bem batida e com tentativas de fazer rir, bem toscas. E se houver ainda uma sequencia do filme, espera-se que faça esquecer o primeiro. Quanto ao diretor Mark Steven Johnson, sem comentários, até porque lá quem manda são os produtores.



NOTA: 3

PRÓS: Visual

CONTRAS: Humor forçado, História fraca que não faz jus ao héroi


CICERO[N.C.S]
11/08/2008

Jesus, O Maior Psicólogo Que Já Existiu (Mark W. Baker)


O livro “Jesus o Maior Psicólogo Que Já Existiu” é ótimo, o que eu gostei no livro foi porque ele adentrou bem na profissão do psicólogo, além de tudo você irá se identificar com a história de vida de alguns pacientes, afinal problemas todo mundo tem mas nem todos tem coragem de abrir o coração e liberar os monstrinhos que existem em cada um de nós.

O livro de uma maneira geral, fala de vivencias do nosso cotidiano que achamos muitas vezes difíceis, e devido toda a nossa dificuldade em administrar tais fato, a autora do livro mostra o tempo todo de uma forma simples e fácil, a passagem de Jesus e sua vivência com seus apóstolos,mostrando seus ensinamentos, seus dons, vocações e forma de liderar com consciência e entendimento no assunto.

Ele também trás a solução para esses problemas a partir do momento que Mark aplica os ensinamentos de Cristo ( ou seja é praticamente a união da Psicologia com os ensinamentos cristãos) e o legal de tudo é que é tão fácil a gente solucionar nossos problemas mas obviamente fazemos o maior dramalhão, com isso só fazemos aumentar a problemática e se afastar da solução. 

CICERO[N.C.S]
1/08/2016